sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O pulgueiro: capítulo final

"Bem que a Tânia havia me dito que o saguão de entrada deste hotel era bem desorganizado!"

Neste horário haviam mercadorias de camelos por toda a parte. O local parecia um depósito!

Os hóspedes mais curiosos com o ocorrido começaram a subir aos seus apartamentos quando perceberam que não ocorreriam mortes nem prisões naquele desagradável episódio!

Quanto a mim, queria somente dormir, nada mais! Foram muitas desventuras para um único dia! Me posicionei em frente ao elevador e junto comigo o Pedro, aquele moleque que ordenou que o policial me prendesse! O elevador chegou, eu entrei e ele entrou junto comigo! Tentei ser simpático:

- Em que andar você vai?

Assim que eu terminei a pergunta o moleque agarrou em minha e gritou:

- NÃOOOOOOOOOO... EU APERTO MEU ANDAR, SEU LADRÃO!!!

- Ok, guri!!! Pode apertar seu andar, eu só queria ser gentil! Não precisa agredir nem gritar com ninguém não, ok?

O menino me olhou firme, com sangue nos olhos, e tomou a chave de meu quarto de minha mão:

- Me devolve isso aqui moleque! Vou falar com s...

Ele me interrompe:

- Aprenda! Para você saber qual andar apertar, olhe para o número de seu quarto e tampe os dois números da direita! Aquele que sobrar é o andar!

- Hãaaaa... Ééééé... Tá! Obrigado...

De repente o excêntrico menino começou a berrar as seguintes palavras:

- #&%|->\... #&%|->\... #&%|->\... #&%|->\ (impronunciável)

Eu, observando aquela cena bizarra que estava acontecendo dentro do elevador, comecei a ficar seriamente assustado.

"Que moleque maluco!"

Mesmo assim tentei levar na esportiva:

- Você esta tentando imitar o dono deste hotel gritando assim?

E ele respondeu berrando as gentiz palavras:

- CALA BOCA! CALA BOCA! CALA BOCA! CALA BOCA! CALA BOCA! CALA BOCA!!!!

E continuou gritando a medida que saíamos do elevador:

- VOCÊ VAI SE ARREPENDER!!! A polícia devia ter te prendido!!! AAAHHHHHH!!!

"Me arrepender de que?"

Eu realmente estava assustado com aquele moleque! Mas tentei não esboçar qualquer expressão frente ao ataque histérico do guri! Segui em direção ao meu quarto enquanto ele me olhava com um olhar sanguinário! Abri a porta calmamente, entrei e me tranquei no quarto!

Larguei minhas coisas no chão e fui tomar um banho! Passados 20 minutos eu já estava devidamente "apijamado" e deitado naquele colchonete! Não demorou muito para peso do cansaço prevalecer sobre meu corpo, logo adormeci.

"Paredes brancas, belos móveis, decoração impecável. E a cama? Que bela cama tem este quarto! Da janela víamos somente o mar, o céu e o Sol a se por! Um bom vinho nos acompanhava. Ela, maravilhosa, estava sentada ao pé da cama! Um belo vestido cobria seu corpo! Tímida! Eu cheguei mais perto, olhei em seus olhos, aproximei minha boca de sua boca quando um estrondo nos interrompe. Corri para a janela. Aquilo parecia-me um Iceberg. O estrondo repetia-se, e repetia-se quando, sem muita explicação, eu abro meus olhos..."

Eu abro meus olhos e vejo-me em volto da paisagem formada por aquele quarto fétido. E o estrondo continuava.

"Que merda é essa!"
Demorou pra cair a ficha.

"Estão batendo na porta!"
Batendo não! Estavam socando a porta!

"Só falta ser aquele moleque filho da puta!"

- Quem esta ai?

Ouço a seguinte resposta:

- Abre a porta que eu quero ver minha mãe! Abre a porta agora!

Vocês não tem noção do arrepio que eu senti ao ouvir aquilo, mas mantive-me controlado e respondi:

- Menino tua mãe não esta aqui não, eu vou falar com seu pai que você não esta deixando eu dormir!

- ABRE A PORTA AGORA!!!

Ele não iria parar de gritar enquanto eu não abrisse a porta! Respirei bem fundo e abri! E assim que abri ele correu pra dentro do quarto e se enfiou debaixo da cama! Eu o segui e perguntei:

- O que você esta procurando menino?

- SAI DAQUI!!!

- Você quer que eu chame seu pai?

- NÃO, SAI DAQUI! EU QUERO A MINHA MÃE! SÓ a MINHA MÃE!

- Onde esta sua mãe Pedro?

Com uma voz de choro o menino diz:

- Ela esta aqui comigo!

- Onde?

- Aqui, SAI DAQUI!

Que medo eu senti! Tive que ir falar com o pai do menino! O garoto estava totalmente desequilibrado! Fui à recepção do hotel e por sorte o pai do garoto estava lá! Intimei o funcionário:

- Olha, estamos com um problema, seu filho esta totalmente desequilibrado debaixo da cama de meu quarto chamando pela mãe! Já não basta o problema que tive para entrar no hotel, agora essa!

Percebi o semblante entristecido do homem, ele diz:

- Meu filho tem este tipo problema desde de que sua mãe morreu há dois anos! Ele diz que pode ver a mãe pelos corredores do hotel!

- A é?! Sinto muito! Mas o que que podemos fazer para acalma-lo. Não seria bom o senhor ir lá?

- Eu tenho medo moço, ele me diz coisas que somente a mãe dele sabia, me agride!

- O senhor é pai dele, tem que saber como controlar isso!

- Não consigo, sinto muito senhor!

- Sinto muito? Qer dizer que seu filho vai ficar debaixo de minha cama? O senhor não vai tirar ele de lá?

- Não é a primeira vez que isso acontece. Eu prometo ao senhor que ele fica bem quietinho!

- Não creio no que eu estou ouvindo!

Com aquele senhor não havia diálogo, eu teria que dormir com aquele moleque debaixo de minha cama!

Chego ao quarto, o silêncio era quase que total! ao longe reparei que o menino ainda estava debaixo da cama. Assim como adiantou o pai, quieto!

Tomei coragem e deitei na cama!

"Afinal de contas, é só uma criança!"

O sono mais uma vez começava a se pronunciar, porém foi interrompido com alguns sussurros:

- Você esta tão linda! Me abraça?

- ()

- Mas o que que aconteceu com seu olho mãe?

- ()

- Mas por que ele fez isso com você?

- ()

- Eu vou matar ele mãe, eu juro!

Tudo isso em voz bem baixa, eu não sai da cama, pois já não mais conseguia me mexer, estava paralizado de tão assustado!

- Deixe eu tirar o curativo pra eu ver como esta!

- ()

- Deixa mãe, por favor!

- ()

Um grito, muito alto, muito alto!!!

- AAAAAAAAAHHHHHHHHHHH!!! SEUUUU OLHOOOOO!!!

O menino começou a pular debaixo da cama!

- Eu não quero ir... Nãoooo!!!

Eu em um impulso de coragem pulei da cama e agarrei o menino pelo braço! Ele estava convuncionando. Abracei ele com muita força e o levei para o saguão!

- Pegue uma água para seu filho!

- O que você fez com ele?

- Eu não fiz nada, pegue uma água para ele!

O menino estava desmaiado em meu colo. Coloquei ele no sofá! O pai surge com a água. Joguei um pouco no rosto dele e bebi o resto!

- Ele esta acordando, é bom que o senhor chame algum médico!

Outros curiosos surgem e mais uma vez eu estava envolvido no problema!

"Que coisa chata!"

O bom é que dentre os curiosos havia um enfermeiro! Ele assumiu o posto e levou o menino para a sala da administração. Quanto a mim, não restava mais nada a fazer se não dormir, e foi o que eu fiz! Dormi!

Algumas horas depois acordo com a luz do Sol batendo em meu rosto e com uma forte dor no pescoço.

"Nossa, o sofá deste saguão é mesmo uma merda!"

Vocês não queriam que dormisse no quarto sozinho depois de todo aquele ocorrido né?!

Me levantei, lavei meu rosto, escovei meus dentes, peguei minhas coisas e sai. Fui ao encontro primeiramente de Érico e depois de Jéssica! Alias, ela fez valer meu fim de semana inteiro, só que isso meus amigos, já é uma outra estória!

Fim!!!

Tá gente não foi nenhum final estupendo, mas isso é vida real ok? E eu não sou escritor também... Sou físico!

Mas é isso, semana que vem tem mais conto... Um grande abraço a todos!

Um comentário:

  1. É histérico e não estérico. Poxa, esse capítulo final tá bem difícil de achar que é verdade. Nem se esforçando, rsrs. Falow!

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