sábado, 23 de janeiro de 2010

O Pulgueiro: segundo capitulo

Loira, com pontas quase brancas no cabelo! Imaginem uma mulher oxigenada! Muito oxigenada! Essa era a atendente do hotel! Porém, era bonitinha!

Agora imaginem uma roupa de puta! Puta não, prostituta! Uma saia vermelha com a dimensão de um cinto, cuidadosamente combinado com um topizinho azul bebê! Era essa a vestimenta do travesti que acabará adentrar o recinto (se é que eu posso chamar aquilo de recinto!). E a "pseudomoça" estava acompanhado(a). Um senhor baixinho bem barrigudo. Imaginem a cena! Vocês tem que concordar que trata-se de uma situação no mínimo pitoresca. E claro, me chamou a atenção... Óbvio que olhei!

Notando meu olhar, a "pseudomoça" perguntou:

- Topa um esqueminha em 3 meu bem?

Eu respirei e respondi com firmeza de quem estava com o "cu na mão":

- Éééé... Não, valeu! (Coloquem um tom muito sem jeito e assustado em minha voz!)

E a "pseudomoça" insistiu, desta vez em um tom bem provocativo:

- Não gosta de um carinho meu querido?

"- Gosto, porém você não faz muito meu estilo! Gosto de moças de verdade, preferencialmente bem delicadas e femininas!"

Era isso que eu gostaria de ter respondido, porém minha voz não saia! A única coisa que eu consegui dizer naquele momento foi:

- Éééé, licença! Eu vou acertar minha diária com a menina!

Logo que me virei para a recepção a figura travestida e seu fiel companheiro saíram do saguão. Direcionaram-se à escadaria mais próxima. Ela, a "pseudomoça", subiu batendo o pé com força e sussurrou ao seu companheiro em voz bem alta:

- Esses enrustidos, deviam se assumir de uma vez!

"O que é que eu estou fazendo aqui!"
Foi o que eu pensei quando eu ouvi aquilo!

E o pensamento foi enfatizado quando ouvimos juntamente com o delicado bater de portas as lindas palavras:

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"- Filho da Puta! Daqui você não sai sem me pagar não... Eu te mato seu viado... Mas eu não gozei sua vadia... Não gozo pq é brocha..."
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E por ai ia a discussão de um romântico casal já hospedado naquele, hãaa... hotel?! Bom, eu mantive-me concentrado na recepção, principalmente na recepcionista. Ela era uma figura tão meiga frente ao padrão local. Meu desejo, naquele momento, era de me esconder atrás dela!

Por fim, eu tentei falar:

- Olha...

Ela me interrompe:

- Você quer dormir né? Quem foi que te recomendou este hotel? Não te disseram que isto é ponto de prostituição e tráfico!

"Disseram"
Pensei.

- Éééé, não me disseram!
Respondi

E ela continuou falando enquanto procurava algo em uma gaveta:

- Olha, eu tenho um cartãozinho de um hotel que fica a uns 10 minutos daqui! Lá a recepção é um pouco bagunçada, pois eles guardam algumas mercadorias dos camelos aqui da região! Porém, lá dorme-se! E até que é bem familiar!

Peguei o cartão, olhei rapidamente, e coloquei em minha carteira. Perguntei sem agradecer:

- Este hotel, ooo do cartão, pertence ao nixo dos hotéis baratões da região?

Ela, respondeu com outra pergunta:

- Que? pertence ao lixo?

Na realidade foi uma pergunta bem idiota mesmo, pois ela já havia me dito que o hotel era mais familiar! Mesmo assim reformulei a pergunta:

- Eu queria saber se o hotel é barato como este e qual o nível do hotel.

Agora sim ela respondeu:

- Como eu já te falei o hotel do cartão até que é bem familiar, em compensação não é tão barato quanto este!

Me direcionei à porta sem agradecer. Às vezes me falta tato!

E lá vou eu à caminho do hotel onde passarei a noite! É gente, viverei emoções a lá "Stephen King"...

Me acompanham? Só que no próximo capítulo de: "O pulgueiro"! :)

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