O Pulgueiro

Não há no dicionário descrição para este termo, Pulgueiro. Pensamos logo em um lugar tipo formigueiro, só que sem formigas e sim com pulgas. Bom, sem generalizações, eu acho que só eu penso assim! No entanto, faz sentindo. Substituamos aquele montinho de areia característico de um formigueiro, por um hotel de 8 andares na liberdade, pronto, temos um pulgueiro!

Terminal de ônibus do Tiête, São Paulo, 14:30 aproximadamente!

Lá estou em meio aquela muvuca, aquela colméia humana. Andando... e tropeçando... e andando... e subindo... e trombando... E pede licença aqui... e pega fila ali! e compra bilhete aculá! e sobe mais uma vez... e se enlata dentro de um meio de transporte ao qual chamamos de Metro. Lá vou eu para o maior centro urbano do mundo e também local com maior concentração de moradores de rua do universo! Podem procurar no site da CEAGESP de Pernambuco, estes dados estão lá!

Adendos à parte, eis que chego na estação Liberdade de metro.

"Ok, onde vou ficar?"
Foi o que eu primeiro pensei.

"Vamos à caça!"
Bora comigo?

Uma banca de jornais, do lado do metro. Não há lugar melhor para se pedir informações do que em uma banca de jornais. Os donos ou funcionários tem o mapa da região na cabeça, conhecem tudo e a todos. E, claro, odeiam o fato de todos terem intrínseco em suas mentes o fato de que eles são as melhores pessoas para se pedir informações!

Bom, me aproximei, tinham 5 pessoas formando uma fila, 3 querendo informações à respeito de algo! E eu fui a quarta, mas o cara era (e deve continuar sendo) gente boa!

- Amigo, onde eu posso encontrar um hotel?

Ele me olhou com uma cara de, "Amigo é o caralio", e respondeu com outra pergunta:

- Vc quer um lugar para dormir, ou quer um lugar baratão?

Eu respondi com outra pergunta:

- Não se dorme em um lugar baratão?

Agora ele respondeu mesmo:

- Se chera, se fuma, se bebe, se trepa, se mata, se morre. Mas se vc quiser tentar dormir tb, é problema seu, fica do outro lado da rua.

Após tanta educação e sinceridade, fui ver qual era desse lugar baratão! Bom, até que a atendente do hotel era, hã... legal! Perguntei o preço.

- Quinze reais.

Tentador, vcs não acham?

E será que realmente eu fiquei hospedado neste antro de putaria e perdições? Vejam no próximo capítulo de "O pulgueiro"...

É isso gente, essa vai ser dividida em partes pq eu tô muito afim de um açai agora... Até